Apesar de ter começado a perder audição ainda criança, foi na adolescência que quase caí desmaiada quando um médico otorrino me deu, finalmente, um diagnóstico correto de surdez: “Você tem deficiência auditiva bilateral neurosensorial, de caráter moderadamente severo e…PROGRESSIVA”. Saber que ficaria completamente surda aos 16 anos não foi fácil e nem um pouco legal. Naquela época, não existia nenhuma rede social, eu não conhecia ninguém como mesmo problema, era a única surda em casa, na escola, no curso de inglês e em qualquer lugar ao qual fosse. Ou seja, foi dramático. Para piorar, meu primeiro contato com uma fonoaudióloga envolveu as piores dicas possíveis: “Esconda seus aparelhos e compre esse aqui que é o menor e mais discreto, assim ninguém vai ver!“, “Não conte para ninguém, ninguém precisa saber!“. Por isso, gostaria de dividir […]
O post Adolescente surdo: conselhos para sobreviver à adolescência apareceu primeiro em Crônicas da Surdez - Surdos Que Ouvem - por Paula Pfeifer.